No que se refere à alfabetização de jovens e adultos no Brasil, é inegável que há uma evasão escolar significativa e além disso, o aumento de profissionais não qualificados para a área da educação devido ao deficit de investimento público no país.

Com a finalidade de promover a melhora na educação, o governo criou a Educação de Jovens e Adultos (EJA), uma modalidade para pessoas que não tiveram acesso à educação em uma escola convencional. Contudo, o abandono a escola tem tido um crescimento rápido, uma pesquisa realizada pelo INEP aponta um aumento de 5,9% em 2021 por razões como a falta de recursos, demandas de trabalho e problemas financeiros. Além do mais, a inclusão digital é um desafio crucial para a EJA. Muitos alunos não têm acesso a tecnologias básicas, o que dificulta o aprendizado e a continuidade dos estudos. Investir em infraestrutura tecnológica e capacitação digital é essencial para garantir a inclusão e sucesso dos estudantes.

A Constituição de 1988 estabelece que a educação deve preparar para a cidadania e a qualificação para o trabalho. Porém, muitos professores não possuem a formação adequada, o que pode comprometer com esse objetivo. Ademais, poucas universidades fornecem cursos especializados para os docentes, em 2003, apenas 16 dos 1000 cursos de pedagogia ofereciam habilitação para a EJA.

Em suma, os desafios podem ser solucionados pelo Ministério da Educação, oferecendo cursos de extensão online e presenciais para a capacitação dos alfabetizadores, com duração de seis meses. Esses cursos devem incluir o uso de tecnologias educacionais e gestão de sala de aula, visando melhorar a qualidade de ensino e reduzir a evasão escolar em 10%.