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ema 1 – A evolução do conceito de realidade desde os pré-socráticos até Aristóteles

A filosofia nasce do movimento do mito ao logos (Unidade 1), isto é, da substituição das narrativas míticas por explicações racionais acerca do mundo. Os pré-socráticos (Unidade 2) inauguraram esse processo ao buscar a arché, o princípio originador da realidade. Tales a identificou na água, Anaxímenes no ar, Heráclito no fogo e no devir, enquanto Parmênides afirmou que o ser é uno, eterno e imóvel. Essa oposição entre mudança e permanência constituiu o primeiro grande dilema filosófico. Platão (Unidade 3), ao elaborar sua teoria das ideias, conciliou as contribuições de Heráclito e Parmênides: as coisas sensíveis mudam e se corrompem, mas participam de ideias perfeitas e imutáveis, que representam a verdadeira realidade. Aristóteles (Unidade 3), por sua vez, superou ambas as visões ao propor a teoria da substância, segundo a qual cada ser é composto de matéria e forma. Introduziu também os conceitos de ato e potência para explicar como o ser pode mudar sem perder sua identidade. Assim, vemos que, da busca pela arché até a metafísica aristotélica, o conceito de realidade foi se complexificando, em continuidade com a passagem do mito ao logos.

Tema 2 – A relação entre ética, política e metafísica em Sócrates, Platão e Aristóteles

As reflexões metafísicas da filosofia clássica não ficaram restritas à teoria do ser, mas se desdobraram em dimensões éticas e políticas. Para Sócrates (Unidade 3.2), o conhecimento da verdade era condição para a prática da virtude: ninguém erra voluntariamente, e a ignorância é a raiz do vício. Assim, a busca metafísica pelo ser e pela verdade estava diretamente vinculada à ética. Platão (Unidade 3.3), por meio da teoria das ideias, estabeleceu que o Bem supremo orienta tanto a vida ética quanto a organização política. Em sua obra República, defendeu que apenas os filósofos, ao contemplarem as ideias, estariam aptos a governar, construindo uma sociedade justa. Já Aristóteles (Unidade 3.4) relacionou sua metafísica do ato e potência com a ética e a política: a finalidade (telos) do ser humano é a realização de sua essência racional, alcançada pela virtude. A felicidade (eudaimonia) é o fim da vida ética, e como o homem é um animal político, somente em comunidade pode alcançar plenamente essa realização.


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