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Brincadeiras na Educação Infantil

Brincadeiras na Educação Infantil

por WAGNER ASSUNÇÃO SOUSA -
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TÍTULO 1:

 

O papel das brincadeiras no desenvolvimento socioemocional das crianças na Educação Infantil

 

TÍTULO 2:

Brincadeiras dirigidas e não dirigidas: impactos no processo de aprendizagem na Educação Infantil

 

JUSTIFICATIVA

A infância é uma fase marcada pelo brincar. Na Educação Infantil, esse ato assume função essencial não apenas no lazer, mas como estratégia de aprendizagem e formação humana. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) reconhece a brincadeira como um dos eixos estruturantes do trabalho pedagógico, destacando que ela promove a ampliação de repertórios culturais, sociais e emocionais das crianças (BRASIL, 2017).

Segundo Vygotsky (1998), a brincadeira é o ambiente ideal para o desenvolvimento das funções psicológicas superiores, pois, ao brincar, a criança imagina, planeja, negocia e aprende com o outro. Kishimoto (2011) afirma que a brincadeira é “a linguagem própria da criança”, sendo indispensável à sua formação global. Diante disso, este projeto propõe duas abordagens de pesquisa dentro da temática "brincadeiras na Educação Infantil", explorando aspectos complementares.

A primeira abordagem busca compreender como a brincadeira contribui para o desenvolvimento socioemocional das crianças, em um momento histórico onde as competências emocionais ganham espaço no campo educacional.

A segunda proposta visa analisar os impactos de brincadeiras dirigidas (orientadas por um adulto) e não dirigidas (espontâneas) sobre a aprendizagem infantil, observando suas influências no desenvolvimento cognitivo e no engajamento pedagógico.

Ambas as propostas dialogam com práticas pedagógicas que valorizam a escuta, a autonomia e o respeito à infância como etapa com valor próprio, contribuindo para a formação de uma educação mais significativa e respeitosa.

 

2. OBJETIVOS

2.1. Pesquisa 1: Brincadeiras e Desenvolvimento Socioemocional

Objetivo Geral:

Analisar de que forma as brincadeiras contribuem para o desenvolvimento socioemocional de crianças da Educação Infantil.

Objetivos Específicos:

Observar as relações sociais entre pares durante atividades lúdicas;

Identificar comportamentos de empatia, cooperação e resolução de conflitos;

Compreender o papel do professor na mediação de aspectos emocionais por meio do brincar.

2.2. Pesquisa 2: Brincadeiras Dirigidas e Não Dirigidas

Objetivo Geral:

Investigar os efeitos das brincadeiras dirigidas e não dirigidas na aprendizagem de crianças da Educação Infantil.

Objetivos Específicos:

Comparar o engajamento das crianças em ambos os tipos de brincadeiras;

Analisar o desenvolvimento cognitivo e motor resultante das atividades;

Conhecer a percepção dos professores sobre o impacto pedagógico das brincadeiras.

 

3. METODOLOGIA

3.1. Pesquisa 1: Brincadeiras e Desenvolvimento Socioemocional

Abordagem metodológica: qualitativa
Tipo de pesquisa: pesquisa de campo com observação participante
Técnicas de coleta de dados:

Observações sistemáticas em turmas da pré-escola;

Entrevistas com professores;

Diário de campo e registros fotográficos com consentimento da instituição.

Procedimentos:
A pesquisa ocorrerá em uma escola pública com duas turmas de Educação Infantil. Durante um mês, serão observadas situações de brincadeiras livres e dirigidas, documentando comportamentos socioemocionais. Os dados serão interpretados com base na análise de conteúdo, conforme Bardin (2011).

3.2. Pesquisa 2: Brincadeiras Dirigidas e Não Dirigidas

Abordagem metodológica: mista (qualitativa e quantitativa)
Tipo de pesquisa: estudo de caso comparativo
Técnicas de coleta de dados:

Aplicação de protocolos de observação;

Questionários com professores;

Avaliação de desempenho em atividades lúdicas cognitivas e motoras.

Procedimentos:
Serão escolhidas duas turmas de Educação Infantil. Em uma delas, serão realizadas predominantemente brincadeiras dirigidas; na outra, brincadeiras não dirigidas. As atividades ocorrerão em um período de quatro semanas. Serão feitas análises comparativas com base em indicadores de atenção, participação, criatividade e resolução de problemas.

FONTES DE PESQUISA

Para embasar teoricamente as pesquisas, serão utilizados autores clássicos e contemporâneos, bem como documentos oficiais. Entre as principais fontes, destacam-se:

VYGOTSKY, Lev. A formação social da mente.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogo, brinquedo e educação.

PIAGET, Jean. O juízo moral na criança.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo.

WALLON, Henri. A evolução psicológica da criança.

GARDNER, Howard. Inteligências múltiplas.

SANTOS, Selma Garrido Pimenta. Pesquisa em educação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017.
GARDNER, H. Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artmed, 2000.
KISHIMOTO, T. M. Jogo, brinquedo e educação. 15. ed. São Paulo: Cortez, 2011.
PIAGET, J. O juízo moral na criança. São Paulo: Summus, 1994.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
WALLON, H. A evolução psicológica da criança. São Paulo: Martins Fontes, 2007.